sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vida!

Dias corri feito água de cacheira.
Foram tantos que viraram mouros.
Entendi que deles bebi a seiva
No canto do tempo abasteci o talento
Qual vento correndo  nas superfície das águas
Cachoeira fresca e abismo quente
Isso é vida 
Espaço cor, fervor e amor meu!

Dias ainda faltam!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Ana de Andrade por Ana de Andrade


Ana de Andrade é Designer de Interiores e durante anos trabalhou como Decoradora desenhando móveis além de projetar ambientes.
Nasceu em Cajuru/SP e mudou-se para Capital nos anos 70 para dar aulas como professora primária.
Trouxe consigo a habilidade da costura e mudou de planos quando deparou com um curso de Desenho de Moda . Nos anos 80 dedicou-se a desenhar sua própria marca .
O desenho sempre caminhou com ela, recorda que criança desenhava nas paredes de sua casa com carvão do fogão a lenha. Hoje entende que o grafite já morava na sua alma.
Faz parte do grupo 360 graus e atualmente dedica-se à Aquarela.






Fim!

Pinto as camadas de mim.
Ora casca, ora jasmim.
Disfarço.
Todo sempre é assim.
Escapo.
Hoje como cores, ontem capim.
Vivo por isso, fim!



Maremorta.


Uma fenda abriu-se no meu coração por onde a luz entrou.
Era eu outra.
Eu cores, sem dores , sem pudores.
Todo dia rabisco o chão da alma minha e amo o traço que se faz rabisco e se tinge dos tons quentes quando me encho de tesão e de cores frias quando sou paz.
Se fez eu outro eu.

Movimento.

O dia branco expulsa de dentro de mim a faísca clara da alma minha. Fala, explica e grita a delícia de colorir o dia de azuis e vermelhos. No fim dele morre a faísca com o por do sol para ser eu de novo alma a lamber a lua.

Ardor!

Dentro de mim nasce a vontade que arde e encarde o meu céu de cores misturadas que sujam as sutilezas que moram debaixo das pinceladas nervosas em meio ao caos dos dias que passo longe das cores. Expurgo e amadureço a cada dia quando posso enamorar-me delas.
A vontade vira festa e o ardor vira amor!

Há .

Há dias em que a gente pensa.
Há dias em que a gente ama.
Há dias em que a gente corre, corre.
Há dias em que a gente dispensa.
Há dias em que a gente morre.

Todos os dias a arte me salva de todos os dias que a vida há!